sábado, 30 de março de 2013

A VERDADE SOBRE TROTSKY

Historiador norte-americano desmente “terror” de Stálin



A pesada artilharia ideológica do revisionismo e da Guerra Fria contra Stálin e suas realizações na construção do socialismo na União Soviética ainda hoje se faz sentir. Não é verdade que o mero distanciamento no tempo nos permite ver com mais clareza o que se passou, como lemos tantas vezes nas capas de dezenas de livros burgueses sobre o período. Não nesse caso. Conforme nos ensina Lênin, não existe neutralidade numa sociedade dividida em classes, e, por isso, não é de se esperar que autores burgueses mudem seu ponto de vista com o passar dos anos.
No entanto, isso não impede que alguns lampejos de lucidez e honestidade intelectual possam ser encontrados entre historiadores não-marxistas que estudam a questão, como é o caso de Robert W. Thurston, professor de História na Universidade de Miami, em Oxford, Ohio, EUA, e autor da obraLife and terror in Stalin’s Russia – 1934-1941 (Vida cotidiana e terror na Rússia de Stálin, em tradução livre), ainda sem tradução para o português.
Ao analisar o período comumente referido como o mais repressivo na história da URSS, que foi entre 1934 e 1941, Thurston afirma que Stálin, ao contrário do que é propagandeado pela academia burguesa, nunca teve a intenção de aterrorizar o país e que não tinha nenhuma necessidade disso. Ao contrário, afirma o historiador, as grandes massas da população soviética não só acreditavam que as mudanças em curso no país eram uma real busca por inimigos internos, como essas mesmas massas colaboravam com o Governo revolucionário nesta tarefa.
Thurston inicia seu livro mostrando que, após um conturbado início de século, ao passar por duas revoluções, uma Guerra Mundial e uma Guerra Civil, o Governo soviético começou a “relaxar” no início da década de 1930, no sentido de introduzir reformas no sistema penal e atenuar as práticas punitivas. Entre os vários exemplos utilizados pelo historiador, encontramos neste ponto o relato de que Stálin e Molotov, em 1933, ordenaram a libertação de nada menos que metade de todos os camponeses que haviam sido presos por questões ligadas à coletivização. Em agosto de 1935, o Governo declarou anistia a todos os trabalhadores condenados a menos de cinco anos e que estavam trabalhando “honradamente e com boa consciência”. Mas, a despeito de todas as positivas ações que vinham sendo tomadas neste sentido, novos acontecimentos fizeram com que essa tendência fosse bruscamente interrompida.
A partir do assassinato de Kirov, em 1934, uma rede conspirativa foi identificada no alto escalão do Governo e do Exército soviéticos. Segundo Thurston, havia realmente um bloco trotskista em atividade na URSS; Bukharin tinha conhecimento de um centro articulado contra Stálin; pelo menos um dos seguidores de Bukharin mencionou matar Stálin; e informações de origens distintas confirmavam um complô no Exército articulado por Tukhachevsky. Assim, todas as evidências apontam para o fato de que as ações do Governo, desse momento em diante, foram uma reação a eventos que se passavam no país, e não uma política deliberada e imotivada de repressão, como defende a historiografia burguesa.
Esta reação do Governo foi levada a cabo em grande parte pela chamada Polícia Política, a NKVD. Mas, ao contrário da fantasia burguesa devaneada no livro 1984, do trotskista George Orwell, a NKVD, segundo Thurston, estava longe de ser uma organização “onisciente” e “onipotente”, uma espécie de “Grande Irmão”. Segundo o historiador, essa organização dependia tanto das informações quanto da colaboração dos cidadãos soviéticos. Assim, a chamada Polícia Política, apontada na historiografia burguesa como uma consequência de um “desequilíbrio mental” de Stálin, foi, na verdade, uma criação da própria sociedade e da história soviéticas. Thurston cita como evidência o fato de que simples cidadãos podiam não somente influenciar a NKVD em algumas detenções, como também tinham o poder de até mesmo impedir algumas delas. Segundo Thurston, “nem Stálin e nem a NKVD agiram independentemente da sociedade”, embora esta organização tenha, de fato, cometido erros e excessos sob a liderança de Ezhov, afastado do cargo e julgado posteriormente.
Este último ponto é de vital importância. A historiografia burguesa superdimensiona as exceções e lhe dão ostatus de regra, querendo indicar, com isso, que a maioria dos prisioneiros do período eram inocentes. Uma consequência de tal cenário seria que a maioria da população viveria então permanentemente atemorizada, com receio de ser presa a qualquer momento, por nada.
“Ninguém pode julgar quantas pessoas temiam o regime no final de década de 1930… mas abundantes fontes revelam… que a resposta a essa situação era limitada… Tal temor ocorria dentro de certas categorias da população…”, afirma Thurston. Seja qual for o momento analisado entre 1934 e 1941, um temor ao Governo era certamente menos importante do que a crença de que as autoridades buscavam identificar inimigos reais do país. Sobreviventes do período reforçam repetidamente este ponto de vista. Pelo menos entre 1939 e 1941 é possível afirmar, com segurança, que os trabalhadores urbanos da URSS exibiam patriotismo, apoio à liderança de Stálin e confiança no seu direito e na sua capacidade de criticar importantes aspectos da situação.
Apoio do povo ao Governo soviético
Outro ponto de destaque na caricatura traçada pela burguesia sobre o Governo de Stálin é a questão da falta de liberdade de crítica. Vão de encontro a isso, no entanto, os inúmeros exemplos citados por Thurston de organizações dos próprios trabalhadores que tinham como objetivo discutir e criticar aspectos de suas vidas nas fábricas e no país. Uma dessas formas era através dos jornais das fábricas, nos quais qualquer trabalhador poderia contribuir. O jornal da fábrica de Voroshilov, em Vladivostok, por exemplo, recebeu mais de duas mil cartas para publicação somente no primeiro semestre de 1935.
Mas o principal teste do Governo de Stálin foi a resposta da população à Segunda Guerra Mundial. Segundo Thurston, não houve deserção em massa durante a guerra. A principal característica do Exército Vermelho foi sua assombrosa determinação de vencer, e essa foi a razão pela qual venceu. Assim, apesar de todos os erros que podem ter ocorrido nos processos do chamado “terror” no final dos anos 1930, a Segunda Guerra Mundial foi, segundo Thurston, o “teste ácido” de todo o período de Stálin, no qual não apenas os soldados do Exército Vermelho lutaram com toda determinação, como os trabalhadores que ficaram no país continuaram a produzir, em situações muitas vezes dificílimas, as armas, os tanques e os armamentos necessários para a vitória.
Glauber Athayde, Belo Horizonte

Fonte - A Verdade

quinta-feira, 28 de março de 2013

AS GALERIAS SUBTERRÂNEAS DOS GUERRILHEIROS SOVIÉTICOS DURANTE A OCUPAÇÃO NAZISTA



A invasão nazista da União Soviética em 1941 deixou incríveis mostras de heroismo e bravura, e a cidade ucraniana de Odessa é um exemplo. Com uma clara desvantagem numérica (86.000 soviéticos contra 340.000 invasores romenos e alemães) e cercados por terra, os defensores da cidade resistiram 73 duríssimos dias lutando contra o inimigo. Em 16 de outubro de 1941, os invasores conseguiram tomar a cidade. Daquele momento em diante a cidade sofreria com a ditadura tirânica e genocida da Romênia fascista, culminando no chamado Holocausto de Odessa. Na cidade foram executadas mais de 100.000 pessoas, das formas mais crueis e covardes.

Mas um Valente comunista começa a organizar um grupo clandestino de resistência. Seu nome de guerra é Pavel Badaev, e a valentia é a sua principal característica. O nome verdadeiro deste jovem era Vladimir Molodtsov. Vladimir nasceu em 1911 na região de Ryazan, e se juntou ao Komsomol quando tinha 15 anos de idade. Depois de trabalhar como mecânico em uma mina, começou a trabalhar na NKVD gerenciando informações provindas do exterior. Em 1941, enquanto os defensores de Odessa resistiam, ele foi enviado à cidade para organizar a resistência posterior. Seu nome clandiestino, Badaev, é escolhido por sua esposa, Antonina Badaeva.

Vladimir Molodtsov organiza então um grupo clandestino dedicado à inteligência, à sabotagem, à agitação, etc. Seu grupo atacava o inimigo por baixo da cidade, escondendo-se nas chamadas "Catacumbas de Odessa", que eram uma vasta rede de túneis construídos desde o século XIX para extrair calcário.
O grupo já atua desde o período da defesa de Odessa, embora a primeira ação de destaque ocorrerá somente em 22 de outubro de 1941. Ainda não havia passado uma semana desde a tomada da cidade, quando uma reunião de comandantes romenos e alemães explode pelos ares. Dois generais e 147 oficiais perderam suas vidas, sendo que mal tiveram tempo de comemorar a captura da cidade.

Em 17 de novembro de 1941, um trem de luxo veio para a cidade cheia de soldados e oficiais, a fim de fortalecer o genocídio que estava ocorrendo ali. Abaixo do trem estava o grupo de Molodtsov, que fez o trem voar pelos ares, causando mais de 250 baixas inimigas.

Enquanto as batalhas ocorriam nos frontes, na cidade de Odessa agia o grupo guerrilheiro com seus 70 membros, realizando sabotagens, eliminando membros da SS, interrompendo as comunicações do inimigo... E tudo isso a partir das galerias subterrâneias que serviam como base de operações, as quais tinham péssimas condições de higiene, muita umidade, etc.

Em 9 de fevereiro Vladimir Molodtsov é preso devido à traição de um de seus soldados. Suportou cruéis sessões de tortura mas jamais entregou ninguém. Foi executado em 29 de maio, sendo que nunca se soube do paradeiro de seu corpo. Ele foi postumamente nomeado Herói da União Soviética por sua coragem, heroísmo e patriotismo.





Fonte: Cultura Bolchevique

quarta-feira, 27 de março de 2013

Contra a RPDC a guerra fria não acabou



Contra a RPDC a guerra fria não acabou 

Por Rosanita Campos - Jornal Hora do Povo

É um atentado à inteligência dos leitores o que disse em editorial um dos monopólios de mídia no Brasil a serviço dos interesses dos EUA. O jornal afirma que “guerra fria terminou em 1991, mas a Coreia do Norte parece não ter se dado conta do fato” e “é um país fechado” referindo-se ao fato da República Popular Democrática da Coreia manter no país o sistema socialista que o jornal considera anacrônico.

Bem, se o jornal acha que o socialismo é anacrônico, tem todo o direito de achar, só não tem o direito de querer impor que o mundo inteiro pense igual. Conviver com pensamentos diferentes é um princípio democrático que deve ser respeitado. Também não vale mentir.

Anacrônica é a análise que o jornal apresenta sobre a RPDC que, ao que tudo indica, não conhece. Anacrônico é querer que um país socialista não tenha o direito à autodeterminação e à soberania como qualquer outro país apenas pelo fato de seu regime de governo, escolhido por seu povo, não ser do agrado ou da conveniência dos EUA e seus satélites com quem o jornal bajulador de ditaduras capitalistas mantém um alinhamento político automático sem nenhuma independência. Além do mais a Coreia socialista não é um país fechado aos amigos da Coreia, e só não é mais aberto graças à hostilidade dos EUA que tentam isolar a Coreia para melhor poder mentirosamente incriminá-la, difamá-la e chantageá-la, ao mesmo tempo em que tentam proibir o comércio exterior e impor sanções políticas e econômicas com o objetivo de asfixiar economicamente o país.

Não é a RPDC “que não se deu conta” de que a guerra fria acabou, pois a guerra fria não acabou. Em relação à RPDC foram os EUA que mantiveram um estado de guerra permanente apesar de que desde o fim da guerra de agressão que os EUA cometeram contra a Coreia em 1950 e que terminou com um armistício em 1953 o então Presidente da RPDC, Kim Il Sung, propôs por várias vezes que o armistício assinado fosse substituído por um tratado de paz definitiva que permitisse a criação de um ambiente mais tranquilo e de paz na Península Coreana. Tal proposta da RPDC jamais foi aceita pelos EUA que, ao contrário, além de manter suas tropas com arsenais nucleares no sul da Coreia vem realizando, entra ano sai ano, uma série de provocações militares utilizando os sul-coreanos na fronteira com a RPDC. Além disso, o país com mais armamentos nucleares no mundo, os EUA, vêm se utilizando desavergonhadamente de pressões contra a comunidade internacional, a ONU e seus organismos para atacar a RPDC e lhe impor sanções injustas por este país defender seu direito de existir, sua integridade territorial, sua soberania enquanto nação livre.

As atuais sanções impostas pela ONU sob mando dos EUA não têm nenhuma razão de ser na medida em que o pretexto utilizado foi um programa científico aeroespacial para fins pacíficos e um programa de autodefesa nuclear, direito de qualquer país que não pode ser questionado por nenhuma potência nuclear, e portanto, segundo os princípios do direito internacional não são passíveis de sanções.

Quem vive sob ameaça não tem outra coisa a fazer que não seja se defender, e é isso que a RPDC está fazendo. Quem tem imposto sanções e feito uma política extremamente hostil contra a RPDC são os EUA com a participação de sul-coreanos e seus aliados. Essas provocações chegaram à histeria quando em dezembro a RPDC usou seu direito internacionalmente reconhecido para lançar com sucesso um satélite para usar em pesquisas científicas e com isso promover avanços tecnológicos para melhorar a vida do povo de seu país.

É falsa e parcial a acusação dos monopólios de mídia pró-EUA de que é a Coreia quem faz provocações. Não fosse as ameaças, inclusive nucleares, que vem sofrendo desde o fim da guerra da Coreia em 1953, não teria sido necessário que a RPDC prosseguisse com seu projeto nuclear autodefensivo e realizasse também com sucesso os recentes testes nucleares. Foi necessário criar um poder dissuasório para barrar uma nova guerra. O governo da RPDC tem corretamente afirmado que a culpa do país ter que fazer grandes esforços em pesquisas nucleares para sua autodefesa e dissuasão da guerra é inteiramente dos EUA. Não fosse as permanentes hostilidades e ameaças nucleares por parte dos EUA, a RPDC poderia empenhar, como preferiria, seus esforços em outras áreas do desenvolvimento econômico e social do país. Mas defender-se não tem sido uma escolha, mas uma necessidade.

Fonte - Solidariedade a Coreia Popular

segunda-feira, 18 de março de 2013

60 anos depois, Stálin vive!



Há 60 anos falecia a maior personalidade política da história da luta revolucionária mundial. Jossif Vissarionóvitch Djugashvili, ou apenas Stálin (pseudônimo que em russo significa “homem de aço”), dirigente máximo do Partido Comunista Bolchevique e da construção do socialismo na União Soviética, morria em 5 de março de 1953, aos 74 anos, devido a um derrame cerebral. Em seu enterro compareceram 4 milhões de pessoas.
Foi uma perda incomensurável para o movimento comunista internacional. Não era apenas a morte de uma figura política qualquer. Tratava-se do homem cuja vida e obra foram capazes de sintetizar o movimento histórico de toda uma classe oprimida pela verdadeira libertação da exploração capitalista.
Stalin nasce em 21 de dezembro de 1879 em Gori, província de Tblissi, na Geórgia, filho de pai sapateiro e mãe camponesa. Conheceu a literatura revolucionária ainda na adolescência, quando estava no seminário de sua terra natal. Foi fundador e principal dirigente, ao lado de Lenin, do Partido Operário Social-Democrata da Rússia (Bolchevique), responsável pela direção do movimento de massas que culminou na Revolução de Outubro de 1917, que pôs nas mãos dos operários, soldados e camponeses organizados nos sovietes (conselhos populares) o poder do Estado, inaugurando a primeira nação socialista da história.
Esteve à frente da luta titânica do povo soviético pela consolidação do socialismo na Rússia e nas demais nações que compunham a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, fundada em 1922. Todas as batalhas enfrentadas pela classe operária revolucionária e pelos bolcheviques contaram com sua firme participação e direção. O firme combate aos inimigos internos e externos após a Revolução e durante a guerra civil de 1918 a 1921; a luta contra os traidores do socialismo e contrarrevolucionários (entre os quais Trotski)  na década de 1930; o desenvolvimento vertiginoso da economia e as incontáveis conquistas sociais e culturais conquistadas; a heroica guerra travada para destruir o nazi-fascismo; e a reconstrução dos países agredidos pelas hordas de Hitler poucos anos após o final da Segunda Guerra Mundial tornam-se simplesmente ilegíveis se desconsiderarmos a importância decisiva de Stálin na história do processo revolucionário.
Por isso que sua figura é, ao mesmo tempo, uma das mais amadas pelos lutadores e lutadoras de todo mundo e a mais odiada pela burguesia e seus ideólogos mercenários.
Até hoje observam-se inúmeras demonstrações de homenagem à sua memória, sobretudo nos países que pertenceram à URSS. Cartazes com fotos de Stalin em manifestações populares e atos reunindo milhares de pessoas contra a retirada de monumentos do dirigente soviético são só uma pequena demonstração da esperança que seu nome incita naqueles que ainda acreditam ser possível acabar de vez com o jugo capitalista.
É por isso que a burguesia faz de tudo para falsear a história sobre sua vida e seu papel à frente da União Soviética e do Partido Bolchevique. Todo arsenal ideológico anticomunista fabricado após a apresentação do famigerado “relatório secreto” de Kruschev após o XX Congresso do Partido é repetido até hoje, ad nauseum, nos meios de comunicação, nas escolas e universidades em quase todo mundo.
Ela, para manter seu domínio de classe, necessita acabar com qualquer rastro de esperança de emancipação dos trabalhadores. Só que, à medida que se aprofunda a crise do capitalismo, fica cada vez mais difícil para os capitalistas e seus papagaios manter seu castelo de areia repleto de mentiras, já que é cada vez maior a rebeldia, a mobilização e a organização do povo contra a opressão.
Aproxima-se o dia em que os ventos vermelhos que dizimaram as mazelas da exploração do homem pelo homem da face de quase um terço do globo terrestre estremeçam novamente o mundo.
Jonatas Henrique, Belo Horizonte

Fonte - A Verdade

sábado, 16 de março de 2013

A FESTA DOS SAQUEADORES: A PILHAGEM DA URSS



Em 1987, a dívida externa dos EUA subiu para US$ 246 bilhões. E no dia 19 de outubro de 1987, Wall Street caiu. Só um milagre poderia salvar os EUA. E o milagre aconteceu, e seu salvador foi Gorbachev.

Gorbachev salvou a economia dos EUA arruinando a URSS.

Sabe como isso aconteceu?

Em janeiro de 1987 as restrições sobre o comércio exterior foram revogadas. Essas restrições protegiam o mercado interno da União Soviética do colapso. Sem eles, o mercado doméstico da URSS - com seus preços ridiculamente baixos para alimentos e bens essenciais de consumo, em comparação com os mercados estrangeiros - não poderia manter-se por um único dia.

E, de repente, empresas e indivíduos foram autorizados a exportar alimentos para o exterior, matérias-primas, equipamentos eletrônicos, energia, produtos químicos, simplesmente... tudo!

Era como se um furacão poderoso tivesse passado sobre o vasto território da URSS. Em apenas um instante ele sugou para fora do país todos os produtos de valor. Mantimentos e objetos manufaturados desapareceram das prateleiras das lojas.

A pilhagem das reservas de ouro

Em 21 de julho de 1989 novos regulamentos alfandegários revogaram todas as restrições sobre a exportação de ouro e pedras preciosas.

O trabalho das alfândegas soviéticas dos últimos 70 anos foi imediatamente jogado no lixo.

Ouro, em quantidades até então inéditas, foi jogado para o mercado interno, a ser comprado a um preço interno, e então exportados.

Na época, o jornal "The Moscow Komsomol" descreveu assim o comércio de jóias: "Uma imagem brilhante de especulação desenfreada, a quota de vendas do Tesouro do Estado (Gokhran) para joias foi alocado mais e mais... Os contadores estavam sob ataque, o Tesouro do Estado era bombardeado com cartas solicitando novos suprimentos de ouro e pedras preciosas ... ".

O jornal "Izvestia" solicitou como medida de controle contra filas por ouro e diamantes "ser colocado no mercado uma quantidade formidável de ouro, tais como as reservas de ouro do Estado."

O jornal "Cultura Soviética" conclamou à remoção definitiva das barreiras alfandegárias para a exportação de ouro.

Depois de algum tempo G. Yavlinsky (responsável pela economia no governo na época) alarmou a imprensa com uma declaração sobre o desaparecimento das reservas de ouro. Mas tudo se acalmou rapidamente.

Ficou pior e pior

Naquele mesmo ano cidadãos exportaram individualmente 500.000 televisores a cores e 200 mil máquinas de lavar. Em 1988, apenas uma única família exportou: 392 geladeiras, 72 máquinas de lavar, 142 máquinas de ar-condicionado... Uma das milhares de organizações estrangeiras exportou: 1.400 ferros, 174 ventiladores, 3.500 peças de sabão e 242 kg de sabão em pó, produtos que foram especificamente comprados pelo Estado - por insistência do MPS - com moeda estrangeira, supostamente para o uso de cidadãos soviéticos.

Estes dados apareceram inadvertidamente na imprensa na época. Em 1989, sozinhos, em apenas um dos pontos de controles alfandegários, alguns indivíduos exportaram mais de 2 milhões de toneladas de produtos que estavam em falta na URSS.

Toda a produção da colhedora de algodão Krasnoyarsk foi exportada. Na época um bom lençol custava 5 rublos, uma folha dupla, 8 rublos. As exportações de pano triplicaram, as de algodão quase quadruplicaram, enquanto as de linho foram multiplicadas por 7.

Estes são números sobre exportações do Estado apenas. Exportações privadas superaram as do governo. Além disso, determinar os números exatos das exportações era impossível. O mesmo jornal "Izvestia" escreveu na época: "O nosso Estado é um dos poucos no mundo que não registra estatísticas aduaneiras."

Qual é o milagre “Balcerowicz” sobre o qual a mídia tanto fala?

Especialistas americanos sugeriram a Balcerowicz (o organizador e inspirador ideológico das reformas econômicas na Polônia) reduzir a produção e o comércio normais ao mesmo tempo que incentivava pequenos negócios.

Isso significava rebaixar a classe trabalhadora e transformá-la numa "nação de vendedores ambulantes." Todos esses indivíduos rebaixados, aos milhões, reuniram-se na URSS, como gafanhotos, e começaram a exportar tudo o que podiam colocar em suas mãos, desde mobiliário importado até pasta de dentes, e às toneladas.

No Congresso de Deputados havia um terrível escândalo e gritarias sobre a falta de pasta de dente para a população soviética. Nunca ocorreu aos representantes do povo questionarem-se sobre as causas que levaram à penúria flagrante de pasta de dente. Eles simplesmente decidiram comprar no exterior US$ 60 milhões de pasta de dente.

Quem ficou rico com esses 60 milhões de dólares?

Na França, de onde foi importado, o tubo de creme dental custava 15 francos, enquanto na URSS era vendido por um rublo. É claro que, em nenhum momento, a pasta de dentes saiu novamente para o exterior. Elas foram enviados para a Polônia em embalagens de 500 tubos (o pacote original da fábrica francesa) e, novamente, sem quaisquer restrições.

Os tubos foram transportados em carros-botas, compartimentos inteiros de trem, ou recipientes nos conveses dos barcos. Assim como as formigas que só deixam o esqueleto do corpo de um leão morto, as "piranhas de Balcerowicz" levaram tudo e deixaram o povo soviético com prateleiras vazias. Não havia um artigo de consumo, de produtos alimentares ou de aparelhos domésticos que não foi exportado.

Ficamos a pensar como é que estes bens haviam desaparecido, pois a indústria, ao longo dos anos, continuou a produzir em toda sua capacidade.

O "Pravda de Leningrado" de 1992

"Na URSS, até 1990-1991, produzimos 38 metros de pano per capita. Isso representava 75% da produção mundial de linho, 16% de lã e 13% de seda. De acordo com dados oficiais do Estado, apenas 50% dos produtos de linho e 42% dos produtos de lã foram exportados. "

Mas estes números não levam em conta as exportações por particulares. Porque, como gafanhotos, eles exportavam tudo o que podiam comprar.

A URSS produziu 21,4% da produção mundial de manteiga (a população soviética era 4,88% da população mundial). A produção de manteiga continuou a aumentar, mas por causa das exportações, os bilhetes de racionamento foram introduzidos. Na União Soviética, a produção de manteiga per capita foi de 26% a mais do que na Grã-Bretanha. Sendo assim, não havia manteiga nas lojas soviéticos, mas era possível comprá-la na Grã-Bretanha, sem qualquer problema. Estranho, não é?

As estatísticas oficiais consideravam como consumida na URSS toda a manteiga e a carne que foram enviados para armazéns que abasteciam as mercearias. Para a compra de manteiga e carne, os passaportes não eram obrigatórios, e conseqüentemente, produtos adquiridos na URSS, ainda que exportados para além de suas fronteiras, foram considerados como contribuindo para o bem-estar do povo soviético. De fato, toneladas de carne e manteiga nem passaram pelas lojas de varejo e foram diretamente para armazéns no exterior por mar (em contêineres), por via terrestre (rodoviário e ferroviário) e via aérea.

Todas as estatísticas demonstram que o insaciável povo soviético devorou tudo sozinho.

No final dos anos 80 e início dos 90, tudo tinha desaparecido. Meias e geladeiras, televisores e chapas, papel e máquinas de lavar! O gafanhoto voardor tinha devorado tudo, as salsichas e os peixes, a semolina e o açúcar. Panelas de alumínio, sopa de tigelas e colheres foram exportados a baixo preço mesmo sendo material muito valioso que tinha passado por fases de produção que exigem uma grande quantidade de energia e polimento. Os insetos e os exportadores de madeira corroeram o outrora poderoso navio que era a economia soviética e a reduziu a pó.

E em 1991, ela entrou em colapso.

Tatiana Yakovleva
Tradução de Glauber Ataide


quinta-feira, 7 de março de 2013

50 verdades sobre Hugo Chávez e a Revolução Bolivariana


RAZÕES PELAS QUAIS O CHEFE DE ESTADO VENEZUELANO MARCOU PARA SEMPRE A HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA


O presidente Hugo Chávez, que faleceu no dia 5 de março de 2013, vítima de câncer, aos 58 anos, marcou para sempre a história da Venezuela e da América Latina.

1. Jamais, na história da América Latina, um líder político alcançou uma legitimidade democrática tão incontestável. Desde sua chegada ao poder em 1999, houve 16 eleições na Venezuela. Hugo Chávez ganhou 15, entre as quais a última, no dia 7 de outubro de 2012. Sempre derrotou seus rivais com uma diferença de 10 a 20 pontos percentuais.

2. Todas as instâncias internacionais, desde a União Europeia até a Organização dos Estados Americanos, passando pela União de Nações Sul-Americanas e pelo Centro Carter, mostraram-se unânimes ao reconhecer a transparência das eleições.

3. Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, inclusive declarou que o sistema eleitoral da Venezuela era “o melhor do mundo”.

4. A universalização do acesso à educação, implementada em 1998, teve resultados excepcionais. Cerca de 1,5 milhão de venezuelanos aprenderam a ler e a escrever graças à campanha de alfabetização denominada Missão Robinson I.

5. Em dezembro de 2005, a Unesco decretou que o analfabetismo na Venezuela havia sido erradicado.

6. O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, e a taxa de escolarização agora é de 93,2%.

7. A Missão Robinson II foi lançada para levar a população a alcançar o nível secundário. Assim, a taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.

8. As Missões Ribas e Sucre permitiram que dezenas de milhares de jovens adultos chegassem ao Ensino Superior. Assim, o número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.

9. Em relação à saúde, foi criado o Sistema Nacional Público para garantir o acesso gratuito à atenção médica para todos os venezuelanos. Entre 2005 e 2012, foram criados 7.873 centros médicos na Venezuela.

10. O número de médicos passou de 20 por 100 mil habitantes, em 1999, para 80 em 2010, ou seja, um aumento de 400%.

11. A Missão Bairro Adentro I permitiu a realização de 534 milhões de consultas médicas. Cerca de 17 milhões de pessoas puderam ser atendidas, enquanto que, em 1998, menos de 3 milhões de pessoas tinham acesso regular à saúde. Foram salvas 1,7 milhão de vidas entre 2003 e 2011.

12. A taxa de mortalidade infantil passou de 19,1 a cada mil, em 1999, para 10 a cada mil em 2012, ou seja, uma redução de 49%.

13. A expectativa de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.
14. Graças à Operação Milagre, lançada em 2004, 1,5 milhão de venezuelanos vítimas de catarata ou outras enfermidades oculares recuperaram a visão.

15.  De 1999 a 2011, a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5%, e a taxa de extrema pobreza passou de 16,6% em 1999 para 7% em 2011.

16. Na classificação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Venezuela passou do posto 83 no ano 2000 (0,656) ao 73° lugar em 2011 (0,735), e entrou na categoria das nações com o IDH elevado.

17. O coeficiente Gini, que permite calcular a desigualdade em um país, passou de 0,46 em 1999 para 0,39 em 2011.

18. Segundo o PNUD, a Venezuela ostenta o coeficiente Gini mais baixo da América Latina, e é o país da região onde há menos desigualdade.

19. A taxa de desnutrição infantil reduziu 40% desde 1999.

20. Em 1999, 82% da população tinha acesso a água potável. Agora, são 95%.

21. Durante a presidência de Chávez, os gastos sociais aumentaram 60,6%.

22. Antes de 1999, apenas 387 mil idosos recebiam aposentadoria. Agora são 2,1 milhões.

23. Desde 1999, foram construídas 700 mil moradias na Venezuela.

24. Desde 1999, o governo entregou mais de um milhão de hectares de terras aos povos originários do país.

25. A reforma agrária permitiu que dezenas de milhares de agricultores fossem donos de suas terras. No total, foram distribuídos mais de 3 milhões de hectares.
26. Em 1999, a Venezuela produzia 51% dos alimentos que consumia. Em 2012, a produção é de 71%, enquanto que o consumo de alimentos aumentou 81% desde 1999. Se o consumo em 2012 fosse semelhante ao de 1999, a Venezuela produziria 140% dos alimentos consumidos em nível nacional.

27. Desde 1999, a taxa de calorias consumidas pelos venezuelanos aumentou 50%, graças à Missão Alimentação, que criou uma cadeia de distribuição de 22.000 mercados de alimentos (MERCAL, Casa da Alimentação, Rede PDVAL), onde os produtos são subsidiados, em média, 30%. O consumo de carne aumentou 75% desde 1999.
28. Cinco milhões de crianças agora recebem alimentação gratuita por meio do Programa de Alimentação Escolar. Em 1999, eram 250 mil.

29. A taxa de desnutrição passou de 21% em 1998 para menos de 3% em 2012.

30. Segundo a FAO, a Venezuela é o país da América Latina e do Caribe mais avançado na erradicação da fome.

31. A nacionalização da empresa de petróleo PDVSA, em 2003, permitiu que a Venezuela recuperasse sua soberania energética.

32. A nacionalização dos setores elétricos e de telecomunicação (CANTV e Eletricidade de Caracas) permitiu pôr fim a situações de monopólio e universalizar o acesso a esses serviços.

33. Desde 1999, foram criadas mais de 50.000 cooperativas em todos os setores da economia.

34. A taxa de desemprego passou de 15,2% em 1998 para 6,4% em 2012, com a criação de mais de 4 milhões de postos de trabalho.

35. O salário mínimo passou de 100 bolívares (16 dólares) em 1998 para 247,52 bolívares (330 dólares) em 2012, ou seja, um aumento de mais de 2.000%. Trata-se do salário mínimo mais elevado da América Latina.

36. Em 1999, 65% da população economicamente ativa recebia um salário mínimo. Em 2012, apenas 21,1% dos trabalhadores têm este nível salarial.

37. Os adultos com certa idade que nunca trabalharam dispõem de uma renda de proteção equivalente a 60% do salário mínimo.

38. As mulheres desprotegidas, assim como as pessoas incapazes, recebem uma ajuda equivalente a 70% do salário mínimo.

39. A jornada de trabalho foi reduzida a 6 horas diárias e a 36 horas semanais sem diminuição do salário.

40. A dívida pública passou de 45% do PIB em 1998 a 20% em 2011. A Venezuela se retirou do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, pagando antecipadamente todas as suas dívidas.

41. Em 2012, a taxa de crescimento da Venezuela foi de 5,5%, uma das mais elevadas do mundo.

42. O PIB por habitante passou de 4.100 dólares em 1999 para 10.810 dólares em 2011.

43. Segundo o relatório anual World Happiness de 2012, a Venezuela é o segundo país mais feliz da América Latina, atrás da Costa Rica, e o 19° em nível mundial, à frente da Espanha e da Alemanha.

44. A Venezuela oferece um apoio direto ao continente americano mais alto que os Estados Unidos. Em 2007, Chávez ofereceu mais de 8,8 bilhões de dólares em doações, financiamentos e ajuda energética, contra apenas 3 bilhões da administração Bush.

45. Pela primeira vez em sua história, a Venezuela dispõe de seus próprios satélites (Bolívar e Miranda) e é agora soberana no campo da tecnologia espacial. Há internet e telecomunicações em todo o território.

46. A criação da Petrocaribe, em 2005, permitiu que 18 países da América Latina e do Caribe, ou seja, 90 milhões de pessoas, adquirissem petróleo subsidiado em cerca de 40% a 60%, assegurando seu abastecimento energético.

47. A Venezuela também oferece ajuda às comunidades desfavorecidas dos Estados Unidos, proporcionando-lhes combustíveis com tarifas subsidiadas.

48. A criação da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), em 2004, entre Cuba e Venezuela, assentou as bases de uma aliança integradora baseada na cooperação e na reciprocidade, agrupando oito países membros, e que coloca o ser humano no centro do projeto de sociedade, com o objetivo de lutar contra a pobreza e a exclusão social.

49. Hugo Chávez está na origem da criação, em 2011, da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), agrupando, pela primeira vez, as 33 nações da região, que assim se emancipam da tutela dos Estados Unidos e do Canadá.

50. Hugo Chávez desempenhou um papel chave no processo de paz na Colômbia. Segundo o presidente Juan Manuel Santos, "se avançamos em um projeto sólido de paz, com progressos claros e concretos, progressos jamais alcançados antes com as FARC, é também graças à dedicação e ao compromisso de Chávez e do governo da Venezuela".

 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Filha de Che Guevara diz que homens como Chávez “marcam um momento na história”

Filha de Ernesto “Che” Guevara afirmou, em entrevista à multiestatal Telesur, que o presidente venezuelano Hugo Chávez “fez coisas muito lindas por seu povo”. Chorando, Aleida Guevara March afirmou que “homens assim marcam um momento na história”.

“Espero que o povo venezuelano entenda a honra e o lindo homem que tiveram em frente e, se realmente aprenderam a amá-lo, como certamente o fizeram , continuarão com suas obras”, expressou a filha do revolucionário, com a voz embargada.



Em entrevista concedida, em fevereiro, à emissora RT network , Aleida já tinha afirmado que, se seu pai estivesse vivo, estaria apoiando Hugo Chávez. “Um presidente pela primeira vez faz com que o povo seja dono de seu petróleo, de seus recursos naturais. Isso é único no mundo neste momento. Imagine como o Che estaria, ajudando, apoiando Hugo Chávez em tudo que pudesse”, completou a filha de um dos protagonistas da Revolução Cubana.


Além de Chávez, a filha de Che Guevara disse acreditar que seu pai também tentaria apoiar e ajudar Evo Morales. “Claro, ele estaria feliz por ter um presidente indígena no poder, isso é interessantíssimo”, declarou na mesma entrevista, realizada há cerca de um mês. Segundo ela, Che Guevara seria um dos apoiadores do movimento da integração latino-americana para “fazer uma pátria grande”, que considera ser a única forma de “fazer frente” ao "inimigo de nossos povos, os Estados Unidos". 


Aleiga Guevara lamentou, no entanto, que “todas as diferenças que fizeram com que o Che tomasse consciência social existam, e existam muito mais do que na época em que ele viveu”. Em compensação, afirmou que “nos últimos anos surgiu um movimento interessante de adquirir consciência de povo, de se dar conta de que quando nós unimos nossas forças não há nada que nos detêm. E isso está acontecendo na América Latina”.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27631/filha+de+che+guevara+diz+que+homens+como+chavez+marcam+um+momento+na+historia.shtml

domingo, 3 de março de 2013

A GRANDE CONSPIRAÇÃO - LIVRO IV - Cap XXII









LIVRO IV
DE MUNIQUE A SÃO FRANCISCO
XXII — A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 

  — I. Munique
 — 2. II Guerra Mundial















CHAMADA PARA UMA COMEMORAÇAO UNITARIA DO 60° ANIVERSARIO DA MORTE DO CAMARADA STALIN



Em 5 de março seráo 60 anos após a morte do camarada Stalin. Nesta ocasião, nos comunistas queremos lembrar dignamente o seu pensamento e a sua obra. Queremos fazer-o levantando e destacando o seu significado de classe e revolucionário, a actualidade da luta incessante contra o capitalismo e o imperialismo, para o socialismo e o comunismo que o camarada Stalin fez.
Não uma celebração retórica ou historiográfica  então, mas um momento e um aspecto do trabalho que deve ser desenvolvido, de forma combativa e unitária, na situação concreta, para dar uma resposta ideológica e política à ofensiva da classe dominante e reviver as razões da revolução social do proletariado, para construir uma sociedade sem exploração do homem pelo homem, sem crises de superprodução, desemprego crônico, empobrecimento material e cultural, crescente opressão das massas, parasitismo, guerras de rapina, reação desenfreada. Fazemos portanto chamada para uma iniciativa unitaria em ocasião do 60º aniversário, que serà implementada numa prospectiva de encontro aberto e denso sobre as questões que a profunda crise capitalista coloca de novo à agenda da luta de classe dos explotados: a questão da transformação social, do bem-estar dos trabalhadores, o planejamento, a liberdade e a igualdade, a democracia para a grande maioria da população. Nós consideramos que é inadequado e errado, especialmente nas atuais condições de continuas reacionárias agressões da burguesia, alcançar neste prazo iniciativas distintas ou opostas das forças que referem ao movimento comunista e operário. Frente à multidão anti-stalinista, ou seja anticomunista, que a burguesia e os oportunistas levam diante, podemos e devemos dar uma resposta firme e coesa, fazendo pesar a presença dos comunistas na situação italiana. A base política e ideológica comum desta manifestação unitária pode consistir sò no reconhecimento da ditadura do proletariado, que o camarada Stalin tem construído  fortalecido e defendido seguindo os ensinamentos de Marx, Engels e Lênin. Como resultado, na avaliação positiva do seu pensamento, do seu trabalho, sobre o papel que desempenhou na União Soviética e no movimento comunista internacional. Isso leva à afirmação da natureza revolucionária da conquista do poder político pelo proletariado, e no processo de construção de uma sociedade socialista, a necessária substituição da propriedade privada dos meios de produção com a propriedade social e a liquidação de todas as formas de exploração do homem pelo homem, a organização consciente da economia segundo um plano, a fim de satisfazer as crescentes exigências materiais e culturais da sociedade, assim como causa a condenação da derrubada da ditadura do proletariado e da conseqüente restauração do capitalismo, pelos revisionistas ao poder na URSS. Como nos dias de Marx, Engels, Lênin e Stalin tambem hoje a luta contra o revisionismo e os revisionistas da doutrina comunista, responsáveis da derrota do socialismo feito no século XX e agora em aliança com a esquerda burguesa, clerical e capitalista, é essencial para quebrar o sistema capitalista, construir o socialismo e edificar a sociedade comunista. Acreditamos que, nesta base, nada pode justificar iniciativas distintas ou opostas. Uma unica iniciativa nacional em ocasião do 60º aniversário da morte do grande líder bolchevique, não somente poria a figura e a obra de Stalin como o confins mais cortado, o bastião que è presente entre os comunistas e todos os nossos inimigos, mas corresponderia às aspirações de muitos companheiros e trabalhadores. Também ela teria uma importância em termos de debate e cooperação entre as forças que trabalham para o renascimento do movimento comunista e operário. Por isso apelamos à todos os Partidos, organizações e os individuais camaradas comunistas, os trabalhadores avançados, os jovens revolucionários, os anti-fascistas, os anti-capitalistas, os progressistas, todos aqueles que lutam pela liberdade e independência, a democracia e o socialismo, para aderir à esta chamada para realizar unitariamente na primeira semana de março de 2013, em uma cidade que deve ser estabelecida, a conferência nacional "A relevância de Stalin 60 anos depois".
2012/12/21
Plataforma Comunista

1879 – 21 DEZEMBRO – 2012, 133° ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DO GRANDE REVOLUCIONÁRIO GEORGIANO JOSEPH STALIN!



O PARTIDO COMUNISTA ITALIANO MARXISTA-LENINISTA LEMBRA A SUA EXTRAORDINARIA ATUALIDADE REVOLUCIONARIA!

Ele foi o autor, com Lênin, da gloriosa Revolução Socialista de Outubro, o fiel seguidor da obra de Lenin, o construtor do socialismo na União Soviética, fundada por Lênin e Stalin no 30 de dezembro de 1922, o inspirador e defensor da construção do socialismo em muitos outros países do mundo, o líder do Exército Vermelho e o aniquilador do nazi-fascismo, a esperança da libertação dos povos da escravidão e da exploração patronal, o terror dos regimes infames capitalistas e da sua expansão imperialista. Hoje Stalin é a referência mais imediata, concreta e convincente para voltar ao caminho revolucionario das massas proletárias de todos os países para o socialismo.
Da atual crise do sistema capitalista vilão pode-se sair sò com a demoliçao do capitalismo e a construção da uma nova sociedade socialista. Para esta tarefa, o ensino revolucionário de Stalin é crucial.
"Não é a riqueza, nem a origem nacional, ou o sexo, ou a posição ou grau, mas sao as capacidades de cada cidadão que determinam a sua posição na sociedade" ... "Eu sei que depois da minha morte na minha sepultura será colocado um monte de lixo. Mas o vento da história dispersarà-a sem misericórdia". (J. Stalin)

Hoje, 21 de dezembro de 2012, marca o 133° aniversário do nascimento de Josif Vissarionovitch Dzhugashvili, nom de guerre Stalin, ou seja homem de aço. Ele nasceu em Gori, na Geórgia de uma família proletaria. Aos 19 anos entrou no Partido Trabalhista Social-Democrata Russo, que a partir de 1912 será chamado Partido Comunista bolchevique. Apertado colaborador de Lenin, parado várias vezes pela polícia czarista por sua política revolucionária, ele foi deportado em Sibéria e escapou da prisão em três ocasiões. Ele foi eleito para os mais altos cargos do Partido e do Estado soviético. Ele encarnou a arte da revolução proletária para derrubar o capitalismo e construir o socialismo, da conquista revolucionária do poder político para a classe operária, da ditadura do proletariado para construir a sociedade socialista e construir aquela comunista, da colectivização e planejamento da atividade e do desenvolvimento econômico para assegurar a maior expansão das forças produtivas e a melhoria costante das condições de vida das massas, da luta de classe contra os inimigos internos e externos da construção do socialismo e da estratégia militar para enfrentar e derrotar os exércitos imperialistas e nazifascistas inimigas.

Ele foi o amigo mais sincero e fiel das massas trabalhadoras do mundo em sua luta para a libertação contra a escravidão patronal e aquele que transmitiu coragem e confiança na luta pela libertação e independência dos povos contra a ocupação e a exploração imperialista. Por isto a sua morte, que ocorreu no 05 de março de 1953, foi chorada pela todas as pessoas honestas e trabalhadores da Terra, como eloquentemente demonstrado pelas imagens da época. Stalin deu uma contribuição fundamental para a fundação da gloriosa União Soviética, o Partido confiou-lhe a tarefa de analisar todos os aspectos territoriais, históricas, culturais, linguísticas, políticas, sociais e das tradiçoes transmitidas de geração em geração dos povos que habitam o vasto território administrado e governado pela Russia delegando-o para propor a melhor solução para a união e o desenvolvimento institucional, economico e social igualitario desse imenso país na era soviética.
Assim nasceu a obra-prima da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, na verdade a União Soviética, formada por 15 Repúblicas Socialistas Soviéticas, 20 Autónomas Repúblicas Socialistas Soviéticas, 8 Regiões Autónomas e Distritos Autonomas. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi um Stado federal unitário multinacional formado na base do princípio do federalismo socialista, como resultado de livre auto-determinação das nações e na associação voluntária das Repúblicas Socialistas Soviéticas, com igualdade de direitos. Cada República federata manteve o direito à liberdade de separação da URSS. A União Soviética foi composta por cerca de 100 etnias e 300 milhões de pessoas da Europa à Ásia Central. Esta foi uma das grandes conquistas da heróica Revolução Socialista de Outubro, governado pelo poder político da classe trabalhadora através da eleição dos Sovietes (conselhos) em explorações agrícolas e industriais, escritórios, universidades, forças armadas e instituições estatais.

Sem Stalin, a União Soviética não seria sobrevivida à morte prematura e dolorosa do camarada Lênin, ocorrida em 21 de janeiro de 1924, quando os trotschistas, ao soldo do capitalismo e do imperialismo, já punham-se à coletivização e conspiraram para dificultar a construção do socialismo em um país, infelizmente eles tiveram exito depois da morte de Stalin com o renegado Kruschev no XX Congresso do PCUS, em 1956, mas, em função da experiência trágica vivida, na próxima onda da Revolução socialista esta esmagarà os inimigos do socialismo infiltrados e presentes nas fileiras do movimento comunista e trabalhador a nível nacional e internacional; sem Stalin o proletariado soviético não teria conhecido e vivido a civilização do direito existêncial, igual para todos os membros da comunidade humana, a saúde até os mais altos níveis possíveis, ao estudo até chegar ao graus mais elevados de aprendizagem, o trabalho seguro ao completar dos estudos, da casa, o lazer, a possibilidade de reduzir o tempo de trabalho antes à 6 e depois à 5 horas por dia – como o mesmo Stalin disse no seu discurso no 19 º Congresso do PCUS, em 1952 - uma pensão digna, a assistência social de vanguarda para os não abiles ao trabalho, etc, sem Stalin não teriamos experimentado, pela primeira vez na história humana, a possibilidade para derrotar o capitalismo e construir a sociedade socialista, e depois edificar aquela comunista, o mundo ainda viveria sob o terror nazi-fascista, o proletariado de todos os países capitalistas não teria conhecido o grande salto em frente em termos de autoridade de classe, de força revingativa e de melhoria das suas condições de vida e a ciência, especialmente espaçial e de saúde, teria atrasado os seus níveis atuais.

Sem a União Soviética e sem Stalin, morto Lenin, no mundo não teriamos tido o socialismo feito no século XX, atualmente sobrecarregado e enterrado pelo revisionismo infame da doutrina revolucionária do marxismo-leninismo, mas nós, comunistas revolucionários, discípulos fiéis de Lênin e Stalin, em breve nos retaliaremos e esta vez até o triunfo do comunismo honrando, assim, também a memória dos grandes revolucionários Marx e Engels. Neste dia de celebração do 133º aniversário de nascimento de Stalin nos fazemos vivo tributo à sua memória, ao seu pensamento e à sua grande obra política. Nós pensamos à ele e com a mente voamos na sua arte revolucionária, inflexível e determinada, vitoriosa e sublime, no entanto com o pensamento vãmos aos nossas atuais tarefas revolucionárias, bem sabendo que sò seguindo estritamente e fielmente as suas pegadas podemos vencer o inimigo de classe, afirmar o poder político da classe trabalhadora e intelectiva e construir a superior sociedade socialista longo da estrada da construção da sociedade comunista. Honra e glória eternos ao pensamento e a obra do camarada Stalin, a sua memória marcarà os nossos ataques à fortaleza capitalista e imperialista e conquistaremos-a. Quem não é comunista não é stalinista!
Forio (Nápoles), 21 de dezembro de 2012.
info@pciml.org
Partido Comunista Italiano Marxista-Leninista - http://www.pciml.org

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