Ludo Martens |
Ontem, domingo, 5 de junho, após uma longa batalha contra ocâncer, morreu o comunista Ludo Martens.
No final dos anos 60 funda a revista AMADA ("Todo o poder para os operários"), de clara orientação antirrevisionista que critica o reformista Partido Comunista da Bélgica. O núcleo militante em torno da revista comemora dez anos depois, em 1979, ocongresso fundacional do Partido do Trabalho da Bélgica, do que Ludo Martens seria presidente por muitos anos. Em 1999 abandonou o cargo para se transferir para o Congo e prosseguir o seu trabalho na antiga colônia belga, um dos seus principaiscampos de batalha.
Autor prolífico, entre suas obras podemos destacar o seu relatoantirracista Tien gekleurde meisjes (Dez meninas de cor). Em1985 escreve Pierre Mulele ou a second vie de Patrice Lumumba, em que narra a vida do revolucionário congolês Pierre Mulele.Também importante foi o seu O Partido da Revolução onde o autor faka sobre os seus 30 anos de experiência militante comunista.Em La contre-Revolution de velours (A contra-revolução develudo) descreve os diferentes movimentos contrarrevolucionarios que se deram nos países do Leste e, também, os próprios falhas internas que explicam a vitória desses.
Mas sem dúvida, o livro que deu a conhecer a Ludo Martens em todo o mundo foi o seu Um outro olhar sobre Stalin. Um trabalhocorajoso que foi precursora no estudo de Stalin e de sua época a partir de um enfoque oposto ao paradigma anti-imposto porrevisionistas e burgueses. Um trabalho que, à luz das recentesdescobertas sobre a história da União Soviética e Stalin, adquireum valor ainda maior. Curiosamente, na nota necrológica que hoje publica o PTB, esquecem-se deste fundamental livro.
Morre um lutador antirracista e, além das discrepâncias lógicas que cada um possa ter, um comunista que foi um dos primeiros antirrevisionistas europeus. Que em paz descanse.
Fonte - ESTOUTRAS
A Comunidade Josef Stálin manifesta o seu pesar pela morte desse grande Comunista.
VIVA LUDO MARTENS!
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