Luiz Carcerelli
Uma onda de calúnias e difamações contra o poder soviético foi minuciosamente fabricada pelos revisionistas ao longo de décadas. As "verdades" fabricadas contra o primeiro Estado socialista da história foram iniciadas por Kruchov e passadas de mão em mão pela camarilha que se apoderou do Kremlin, até que Gorbachov conduziu à derrocada do social-imperialismo russo e formalizou a sua passagem ao capitalismo.
O trabalho difamatório, no entanto, ainda não estava concluído. Boris Yeltsin, que assumiu a gerência do Estado Russo pós-social imperialismo, gastou rios de dinheiro com a falsificação de documentos que passaram a integrar os "arquivos do período comunista", que foram a cereja do bolo difamatório iniciado pelos revisionistas.
As falsificações abrangeram o massacre de Katyn, cartas de Stalin, Béria, entre outros. Enfim, tudo que pudesse atacar o Estado soviético e a direção de Josef Stalin.
No último mês de outubro, o deputado russo Viktor Ilyukhin, proferiu um discurso denunciando a fábrica de patranhas em detalhes, mostrando documentos carimbos etc., todos fabricados pelos altos escalões do social-imperialismo russo ao longo dos anos.
Um ex-agente de Boris Ieltsin, responsável por inúmeras falsificações, entrou em contato com Viktor Ilyukhin dizendo que pretendia revelar informações sobre o assassinato de militares poloneses em Katyn. Segundo o ex-agente, logo no início do governo Yeltsin foi formado um grupo de falsários regiamente pagos e tendo à sua disposição todos os recursos necessários para falsificações, como: formulários em branco da época do governo de Stalin, máquinas de escrever utilizadas no período, formas para carimbos, etc.
Em seu discurso, Ilyukhin desmascarou que já foi constatado, por exemplo, que a tecnologia existente nos anos 40 não seria capaz de fabricar alguns dos tipos carimbos utilizados nas falsificações. Ele revela que essa tecnologia só passou a ser utilizada no final dos anos de 1970, início dos anos de 1980 e que, portanto, tais documentos atribuídos ao "Estado soviético" jamais poderiam ser autênticos.
Segundo o informante, a primeira sede da quadrilha falsificadora foi Nagorno e depois Zareutye. Participavam do grupo, além do pessoal "especializado", o chefe do arquivo russo e o chefe da segurança de Yeltsin. Foi justamente o chefe do arquivo, Rudolf Pichoya, quem entregou a pasta com a "documentação" sobre Katyn ao então presidente da Polônia Lech Walesa, em outubro de 1992, em Varsóvia. O agente afirmou ainda ter falsificado as assinaturas de Béria, Stalin, Voroshilov, Molotov e Mikoyan.
Entre os documentos falsificados pela quadrilha estão a "Carta de Shelepin" (que incrimina a URSS pela morte de cidadãos poloneses), uma suposta carta de Béria onde seria sugerida o "massacre de Katyn", documentos sugerindo associação entre a NKVD (Serviço secreto soviético) e a Gestapo.
O discurso de Viktor Ilyukhin está disponível em anovademocracia.com.br/blog com legendas em espanhol. Mais informações sobre Katyn podem ser encontradas nos números 65 e 69 de AND.
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