III — A teoria 1. Importância da teoria. 2) Crítica da "teoria" do espontaneísmo, ou sobre o papel da vanguarda no movimento. 3. A teoria da revolução proletária.
IV — A Ditadura do Proletariado 1) A ditadura do proletariado, instrumento da revolução proletária. 2) A ditadura do proletariado, domínio do proletariado sobre a burguesia. 3) O Poder Soviético, forma estatal da ditadura do proletariado.
V — A questão camponesa 1) Colocação do problema. 2) Os camponeses durante a revolução democrático-burguesa. 3) Os camponeses durante a revolução proletária. 4) Os camponeses depois da consolidação do Poder Soviético.
VI — A questão nacional 1) Colocação do problema. 2) O movimento de libertação dos povos oprimidos e a revolução proletária.
VII — Estratégia e tática 1) A estratégia e a tática, como a ciência da direção da luta de classe do proletariado. 2) As etapas da revolução e a estratégia. 3) Os fluxo e refluxos do movimento e a tática. 4) A direção estratégica. 5) A direção tática. 6) Reformismo e revolucionarismo.
VIII — O Partido 1) O Partido, destacamento de vanguarda da classe operária. 2) O Partido, destacamento organizado da classe operária. 3) O Partido, forma suprema de organização de classe do proletariado. 4) O Partido, instrumento da ditadura do proletariado. 5) O Partido, unidade de vontade, incompatível com a existência de frações. 6) O Partido se reforça depurando-se dos oportunistas.
Na noite de 19 para 20 de Março, na região de Moscou, o deputado da Duma e membro do Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa, Viktor Ilyukhin, faleceu. A versão oficial acerca de sua morte diz que ele sofreu um "ataque cardíaco". O Partido Comunista insistiu publicamente que haja uma investigação completa acerca das "circunstâncias e das causas de sua morte", já que Ilyukhin liderava as investigações em torno das falsificações dos arquivos russos. Falsificações estas, que entre outras coisas, envolviam o polêmico caso de Katyn. A perda de Ilyukhin é um golpe contra todos os que lutam contra a manipulação descarada da história da revolucionária luta do povo russo contra a opressão do tzarismo, do capital e do imperialismo ocidental. Ilyukhin já havia revelado a existência de grupos de falsificadores montados pelo regime de Yeltsin, mas sempre mantendo a identidade de seu informante em segredo, temendo represálias contra ele por parte das autoridades russas. Com as recentes medidas de "desestalinização" e de ataques declarados as bases do regime comunista soviético, o governo russo, em minha opinião, é bastante suspeito. Ainda mais porque ultimamente havia grande pressa em reconhecer Katyn como um crime russo, em uma tentativa de aproximação com o governo polonês. E Ilyukhin era uma pedra no sapato das grandes. Soma-se isso à personalidade truculenta e autoritária de Vladimir Putin, e o resultado é bastante favorável ao assassinato do corajoso e insistente parlamentar do Partido Comunista. Não vejo muitas esperanças em uma investigação. Será mais uma daquelas mortes misteriosas não resolvidas tão comuns não só na política russa, como de todo o mundo. Provavelmente a versão do ataque cardíaco continuará sendo a oficial, sendo ela verdadeira ou não. Mesmo que o Partido de Viktor insista que suas condições de saúde eram excelentes, como o fizeram na nota de seu falecimento. Viktor Ilyukhin foi certamente um homem de fibra, que lutou por seus ideais e por suas convicções, que enfrentou o governo russo destemidamente, fazendo uma oposição bem estruturada e tremendamente incômoda. Suas investigações levantaram fatos que podiam - e ainda podem - derrubar boa parte da versão oficial da história da União Soviética, algo que mexe não só com os conservadores russos, mas com os de todo o mundo. A morte de Viktor Ilyukhin foi uma grande perda para todos as organizações de esquerda do mundo. Que ele descanse em paz. Link para a nota de falecimento de Viktor Ilyukhin, feita pelo Partido Comunista da Federação Russa (em russo):http://kprf.ru/party_live/89239.html
Anna Louise Strong, jornalista e escritora estadunidense, durante muitos anos, viveu na União Soviética e na República Popular da China. Autora de inúmeros livros e reportagens sobre os países que visitou e residiu, tais como Rússia na guerra e na paz, A China luta pela liberdade, Rio Selvagem, Cartas da China, dentre outros, Strong se tornou uma das maiores entusiastas personalidades que divulgavam as grandes realizações e lutas dos povos que construíam o socialismo. De sua intensa atividade como repórter-correspondente, destaca-se a entrevista com o maior líder revolucionário que o mundo conheceu, o presidente Mao Tse-tung, realizada em 1946 — quando, desde Yenam, a lendária base de apoio situada ao noroeste da China dirigia o Exército Popular e as massas de seu país na luta contra a agressão militar japonesa. O texto que AND publica a seguir, uma tradução de Cristiano Alves, descreve a luta pela emancipação das mulheres soviéticas e expressa as observações da autora, Anne Louise Strong, nos 20 anos de vivência nas terras livres da então revolucionária União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
"Ó mulher, o mundo não esquecerá da sua luta pela liberdade!"
A mudança no status das mulheres constituiu-se numa das transformações sociais mais importantes ocorridas no interior da nova sociedade em toda a URSS. A revolução dera às mulheres uma igualdade jurídica, porque, principalmente, havia produzido grandes e decisivas conquistas políticas. A industrialização em bases revolucionárias dotou a economia do pagamento igualitário para igual trabalho.
Estes são tempos difíceis para os defensores do capitalismo na Rússia e nos países que integravam a União Soviética. Uma correnteza lava a história contada pelos gorbachovistas e a burguesia mundial sobre o período soviético sob a direção de Josef Stálin. Os arquivos sobre várias das principais “evidências do terror” das décadas de 30-40 do século passado então estão sendo novamente questionados e postos em dúvida. O motivo principal é a aparição de um agente do governo de Boris Yeltsin que afirma ter participado de alterações e falsificações de vários documentos, entre eles o de “O massacre de Katyn” e da “Carta de Béria nº 794/B” (nessa última ele mesmo teria falsificado a assinatura de Béria).
A denúncia foi tornada pública pelo deputado Viktor Ilyukhin, parlamentar da Duma russa pelo Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), que foi contatado por telefone no dia 20 de maio pelo agente que queria passar informações sobre as execuções de oficiais poloneses em Katyn, caso conhecido como “O massacre de Katyn”. No mesmo dia, Ilyukhin encontrou-se pessoalmente com o ex-agente de Yeltsin e um dos encarregados pela falsificação de documentos soviéticos do período de Stálin. De acordo com o informante, ele resolveu falar porque não concorda com a situação que vive a Rússia e com a liberação dos documentos falsificados para a população.
Segundo o agente relatou ao deputado Viktor Ilyukhin, um grupo de falsificadores foi formado no início da década de 1990 (os documentos apareceram, “misteriosamente”, em 91-92) e eles foram providos de altos salários e materiais para as falsificações, como velhos carimbos e fôrmas para carimbos soviéticos. O grupo trabalhou na cidade de Nagorno até o ano de 1996 e depois seus membros foram transferidos para a vila de Zaretye. Entre os participantes do grupo de falsificação estariam o coronel Klimov, Rudolf Pichoya (chefe do arquivo russo), M. Poltoranin (amigo de Yeltsin) e G. Rogozin (chefe da segurança do presidente russo). Há de se observar que Rudolf Pichoya foi o responsável pela entrega dos documentos “secretos” ou “perdidos” do Pacote Fechado nº 1 (ou Pasta de Katyn) a Lech Walesa (presidente da Polônia) em Varsóvia, no dia 14 de outubro de 1992. Ele afirmou ainda ter sido ele quem falsificou a assinatura de Béria na carta conhecida como Carta de Béria nº 794/B e também as assinaturas de Stálin, Voroshilov, Molotov e Mikoyan.
Comunistas russos manifestaram-se hoje na Praça Vermelha em Moscou e depositaram flores no túmulo do revolucionário Josef Stálin, falecido em 5 de março de 1953. “Não existe outra figura que provoque um interesse tão grande e uma tal onda de emoções. Nem sequer Lênin, o mais clássico dos comunistas, provoca debate tão intenso", declarou Daria Mitina, conhecida militante comunista, à rádio Eco de Moscou.
"A bandeira de Stálin será erguida tanto por pessoas idosas, como por jovens", acrescentou.
Guennadi Ziuganov, atual dirigente do Partido Comunista, declarou o carismático líder revolucionário pegou a Rússia com um arado de madeira e deixou-a com força poderosa da União das Repúblicas Socialistas Soviética, uma potência econômica, política e tecnológica.
Abaixo, uma pequena biografia de Stálin
Da Problemas, revista mensal de cultura política, nº 5, dezembro de 1947
Stálin é o genial teórico e guia do proletariado mundial, grande companheiro de armas e amigo de Lénin, continuador da doutrina e da causa de Marx, Engels e Lénin. Nasceu a 21 de dezembro de 1879, no povoado de Gory, província de Tiflis. Seu pai, camponês de origem, mas sapateiro de profissão, foi posteriormente operário de uma fábrica de calçados.
Stálin entrou para o movimento revolucionário aos 15 anos, ligando-se aos grupos clandestinos dos marxistas russos que atuavam na Transcaucásia e, em 1889, tornou-se membro da organização de Tiflis do Partido Operário Social Democrata Russo.